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O Ernesto, o Paulo, o Zé ou outros, acabamos por não saber quem, discordam do projecto de construção de um museu no centro da cidade de Abrantes, elaborado pelo arquitecto contratado para o efeito.
Estão no seu direito. Nós também não simpatizamos com o que vimos.
Para defender os seus pontos de vista, o Ernesto, o Paulo, o Zé ou outros, acabamos por não saber quem, decidiram que a melhor maneira seria criar um espaço público, um blogue, onde, anonimamente, pudessem escarnecer, vilipendiar, caluniar, caricaturar, zombar, de todas as forças vivas da terra que nalgum momento possam ter manifestado alguma afinidade com tal empreendimento.
É um método. Dos menos dignos de fazer política. Infelizmente comum.
A sua acção não beneficia a sã convivência de diferenças, o interesse pela participação cívica, nem sequer a causa que defendem. E é pena, pois já demonstraram, naquele espaço, ter capacidade para fazer coisas úteis à comunidade.
O Ernesto, o Paulo, o Zé ou outros, acabamos por não saber quem, já devem ter idade suficiente para entender que os fins não justificam os meios.
Os bancos transformam-se em casinos. Os casinos deixam de pagar impostos.
Ainda não emigraram todos?
-Ó Victor, aperta mais um bocadinho!
Para a Comissão, mais bilião menos bilião, é tudo a mesma coisa.
No outro dia, o erro foi maior.
Está a tornar-se moda. No outro dia, aconteceu a Irene Barata, em Vila de Rei. Hoje, foi a vez do Padre José da Graça, em Abrantes.
É sabido que, no mundo, há uns poucos que tentam fazer e construir e muitos mais que, além de nada de positivo fazerem, tentam destruir o que à sua volta outros constroem.
Será de mais de centenas, mais de milhares, talvez dezenas de milhar, o número de pessoas, sobretudo de Abrantes e seus arredores que, de uma forma ou de outra, beneficiaram da atenção e cuidado do Padre José da Graça e viram melhorada a sua condição de vida pela sua acção. Sem que se lhe conheça algum benefício material próprio visível, criou, do nada, uma série de instituições e actividades dirigidas a acolher e aliviar os mais frágeis dos frágeis da comunidade. Ao que se vê, despertou ressabiamentos e invejas.
A táctica é conhecida. Antes que algum juiz decida, lançam-se umas atoardas anónimas cobardes aos jornais para satisfazer vinganças pessoais e condenar sumariamente o acusado no pelourinho, sem grandes possibilidades de defesa.
Contrariamente a quem o acusou, denunciado pelo medo da frontalidade, não se vislumbra o que o Padre José da Graça tenha a perder com o processo. As populações que tem servido com abnegação, essas sim, podem perder e muito. E a sua divulgação, ainda em segredo de justiça e antes de qualquer condenação deve constituir, para elas, uma afronta.
Quem lançou cobardemente estas acusações, tal qual aconteceu em Vila de Rei, pretende ver diminuídas pessoas que se desacomodaram das suas rotinas e se expuseram publicamente para tentar, melhor ou pior, defender as suas convicções com acções concretas. No caso, a defesa da dignidade dos mais desprotegidos. Mas não diminuem. Sabendo como as coisas são, estas provações até engrandecem o seu legado. Só seriam ensombradas se aquilo que de raro e único têm feito, em regiões tão pobres e tão carentes de iniciativa, fosse vulgarizado pela abundância de projectos semelhantes daqueles que os criticam.